domingo, 5 de junho de 2011

Outline of a typical Sunday


Repassando o que parece bobagem, nessa manhã cinzenta de domingo que Deus desenhou.
E parece tão acre o sabor do vento das 10,
que o corpo se enche de um repugnante arrepio, relembrando o gosto insano da melancolia.
Silêncio esparso de um dia falido, tendendo ao vazio caótico que preenche as vésperas de fim. E logo ali adiante, as marcas invisíveis dos medos que assombram a humanidade destoam-se do cinzento do asfalto.
Tristeza contida, empoçada num canto profundo da alma... Emana dos olhos cristalizados, como o resquício luminoso de uma explosão interna. Não, não é tão rutilante, mas reflete como luz que atravessa um prisma.
Mais um domingo que se arrasta a pulso, querendo findar, tentando transpor a barreira da ordem que comanda o universo. Mais uma semana que espera romper-se a aurora do dia que vem. E então esqueceremos os medos, frustrações e vontades, e nos atiraremos à luta que nos espera adiante.
Mas, olhamos à frente, com a saudade abastecida: Sempre cismando os passados com arrependimentos ressequidos.

---x---X---x---

Lines of the gray days...
Those i love,
and
drawing my considerations...
My conspicuous desires are equal to the features
of these tedious and wonderful days.
Silence is my conforting haven,
and the Solitude
my sincere wish.