quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Texto-com* Debilidades

Retiro o que disse sobre o contexto!
Nem me importo com a tendência de dizer!
Sei o que digo, com as palavras inteiras, e seus primeiros significados...
As reações que virão, virão depois.
De início, tudo é instinto, motivação quase mecânica de fato, de verbalização!
Nada importa o acaso,
da palara que foi "nomeada" aleatória,
ou, fez-se realidade por Haja, seja,
ou por ação instantânea de começo!
Retiro o que disse sobre o contexto (se é que cheguei a falar...),
nesse barato texto-com, de ignorância consentida,
e iludida!
Sim,
O que a palavra diz, supera as barreiras da incompreensão linguística,
e vai habitar nos obstáculos semânticos,
da vontade de entendimento,
ou preferência por imobilidade!
Sei, o que digo, por intenção quase que imediata de sentimento,
em contexto impregnado de sentidos,
e vontades nada agradáveis de entendimento.
Reitero o que digo, sobre o pusilânime 'contexto',
fraco, esparço, duvidoso...
Tenho as vontades em iminência, e as palavras afiadas na ponta da língua!
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*Texto-com, como licença poética de 'desconstrução' da palavra contexto...
PS: Ah! que se dane o contexto! As verdades vem inseridas apenas em instinto... Contexto se manipula... Significados não!

domingo, 27 de setembro de 2009

ComPUTA(proposta)dor(mente)...

Deseja salvar o documento?
sim não cancelar
Não!!!!!
Eu cliquei em FECHAR (X) computador estúpido!!!
Não quero salvar nada! Quero apagar de vez da memória essa ruma da ladainhas que andei escrevendo.
Quero ver as palavras bem apertadinhas na lixeira lotada... Em estilhaços de Kbytes disperços pelo HD enorme!
Quero todas essas idéias simplesinhas minguando dia após dia, no esquecimento dos arquivos deletados!
Se o que sinto, ao menos fosse com o documento, desprezaria de uma vez, anexando as lembranças, e as vontades!
Ainda vem o Computador, conspirante
contra a minha sina, lançar mão da artimanha mais tola que o destino poderia me ofertar...
De relance, as palavras me furtam a raiva contida,
e me fazem vacilar com o mouse sobre a resposta...
'Sim' e 'não' se confundem num jogo delirante de devaneios, e Re-lembraças...
E vacilo, confesso!!!
Vejo meu olhar cobiçar os versos ditos, anteriormente,
e desabarem sobre o 'sim', que rutila na tela à frente.
Vejo todo o meu corpo aderir à sedução da proposta indecente da máquina...
E coro... Por imaginar o meu escrito, como verdade nua...
Com todos os fatos desprendendo-se da tela, e rebulindo meu coração, meu libido poético...
Mais uma vez, o computador venceu minhas resoluções.
Escondi o pecado das vistas atentas da consciência!
Sim!!!
Salvar como: arquivo morto...
PS: Como não poderia faltar, minha voz rouca, depois desse devaneio, vem explicar qualquer coisa sem sentido, e desinteressante, a vós, queridos leitores curiosos...
O computador me venceu, de novo...
Sei que não há a opção 'arquivo morto' na janela 'salvar como'... É só uma licença poética ( a explicação mais plausível pra tolice...)
para uma idéia que veio fervilhar na minha agilidade prosaica (hehehe)
Vou ficando por aqui,
mas torcendo por opiniões...
Desde já, desculpo-me pelo tom enfadonho que obriguei-os a escutar estes ultimos meses...
rsrsrsr
Abraços aconchegantes...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Consideraçãoes sobre mim.


DANGEROUS!


Não se aproxime: cemitério de corações.




PS:

Quem não sabe lidar com o próprio amor,
e o do próximo chicoteia,
não por crueldade, ou frieza,
mas por destra resolução,
Tem a dor profunda da decepção alheia
impregnada nos medos!


Medo de tentar,
não por medo, pura e simplesmente
como um limitante da realidade,
mas por juízo macerado,
Passado atônito e incauto,
fantasma que ronda a consciência,
e judia a calma.


Ahhh, quem não sabe lidar com o proprio amor...


Eu não sei!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Com que cara eu vou?


Bate a dúvida amarga,
frente à porta, na saída:
"E agora, com que cara eu vou?"
O mundo lá fora espera,
meu semblante paradigmático,
pincelado precisamente,
para a peça cotidiana.
E endoido, por ter perdido a máscara,
com que cobria as impetuosidades,
por ter a cara nua em pêlo,
estampada de verdade inata.


E agora com que cara
me desculpo,
me redimo ante ao assombro humano?


Não é certo, não é certo,
se mostrar inteiramente,
ter a face descoberta de mentiras,
de ilusões, de pré-conceitos, de conformismo...
Despadronizado. Quase Criminoso!
Quem me vê, regurgita o discurso
repetido, infame, acusador!


E me pergunto com que cara,
eu reajo,
me defendo da acusação humana.


Se vou, ou se fico,
se imito, ou se sou,
de cara nua,
não fico...
'Visto' a cara mais lavada do mundo!
Vou de cara (e coragem)!
Desmascara(n)do...

domingo, 20 de setembro de 2009

Risco

Quero um novo tom,
para as paredes,
para o batom desgastado pelo tempo,
para o violão dissonante,
para o discurso meloso,
para as músicas repetidas sempre iguais...
Quero um novo som,
para a metáfora esquecida na gaveta,
para o silêncio contido na incerteza,
para o Horizonte efervercente na tarde que hiberna...
Quero pintar o branco amargo
da idéia que equilibra todas as esperanças,
quero um Risco impreciso
que delimite,
instantânea, e precisamente,
todas as "seguranças" premeditadas,
e faça-se novo palpite,
para a palavra renovada!
Quero o Risco que perfure toda a carne do peito,
que rasure poesia,
e que seja profundo o suficiente
para acelerar o coração,
e ativar o Simpático*!
Aventura,Risco,
medo, salvação!
Automático (sintomático, sistemático, perfeccionista, ingrato, emudecido, confuso...) desafio da consciência!

*Do sistema nervoso autônomo, o Simpático está relacionado às sensações de stress absoluto, em que o organismo é exposto a condições que liberam adrenalina no sangue. A pessoa pode ter taquicardia, interrupção da atividade gastrica, e tantos outros sintomas(estou com muita preguiça de citá-los)...
O que acho incrivel, é que o Simpático é ativado tanto para a sensação de Medo,
quanto para a Expectativa do que há por vir (adrenalina, aventura, liberdade...chame como quiser...).

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Tratado sobre o Bloqueio morfo-sintático-semântico criativo de cunho poético aliado à preguiça mórbida


Doença primeiramente percebida em pessoas nada razoáveis, que tem como instinto, a poética. Não se sabe, certamente por quais estímulos, se é genoma poético, ou alterações hormonais, ou ainda, influência do ambiente.
Os indivíduos afetados expõem uma série de sintomas plásticos, e flexíveis, variando conforme o grau de incertezas casuais. Há os que sintam-se vazios de sentimentos, como se os mesmos tivessem “arrumado” as malas (literalmente), e posto-se para fora, levando tudo consigo. Outros, sentem-se tão carregados de emoções, que não conseguem externar, estas tornando-se um tipo de tumor semântico, a obstruir os pensamentos sistêmicos.
Não é um problema de fácil identificação, pois ás vezes os sintomas aparecem mascarados, ou ainda, mostram-se amenos.
No princípio, são tidos apenas como uma dor de cabeça diferente, na parte frontal das idéias, depois essa dor estende-se aos membros de maior articulação, como as palavras e orações.
Com o passar do tempo, as sentenças ficam comprometidas, e é necessário o uso de band-aid para proteger as chagas ensangüentadas, e a parte exposta da dialética minguada.
Falta de força, também é comum, como a incapacidade de segurar um lápis, ou de permanecer com a coluna ereta ao digitar qualquer bobagem.
O sentimento de solidão também aumenta, e há a necessidade de musica alta todo instante, ou de comunicar-se de qualquer forma com algum outro ser que leia pensamentos.
O indivíduo permanece estático, por um período de tempo, chamado, na literatura literática, de metamorfose paradigmática, em que há um desenvolvimento ontogenético completo, de mudança total de maquinária poética.
O tratamento é feito verbalmente, como por exemplo, a re-Educação vocálica, e os textos pronunciados sem conceituação prévia. Dormir, e sonhar, também podem ajudar no tratamento desta patogênese, posto que, o individuo doente permanece algum tempo rejeitando sonhos.
Os remédios, são homeopáticos, como soluções super-diluídas de sentimentos-estímulo, que possam ampliar noções nas redes neurais, e ainda, injeções de elementos sintáticos novos.
O comportamento de pessoas que sofrem deste “mal” pode ser duvidoso, ao passo que, podem emudecer, ou gritar constantemente mazelas infindáveis, e hiperbólicas. Também fazem pseudo-poemas, para mascarar o desejo compulsivo de poética complementar aos anseios perdidos.
Há um tanto razoável de conjecturas sobre a cura total da doença, e volta ao estado padrão de comportamento desses doentes. Mas, nada certo, ou com comprovação científica.
O certo, é que o tempo de vida dessas pessoas pode ser longo, se tratado cotidianamente, e imensamente reduzido, se brevemente, tentarem sobrepor as realidades.

Créditos da imagem: blog http://blablablachic.blogspot.com/2008/11/modelo-de-croqui.html- no google imagens


sábado, 12 de setembro de 2009

Roda-Gigante [2]



"E se olharam entre, mais uma vez,
era um vão despercebido, e crescido entre os dois...
Coração de lá nem via o de cá, brilhante caramelo...
A música do brinquedo enchia o vento de nostalgias,
e nas mãos o Adeus se prolongava em repouso...
Era um céu estrelado,
que refletia o brilho dos sonhos remetidos a algum tempo,
e que pipocavam no universo, tornando-se estrelas solitárias...
O chão rondava os pés, e aproximava as órbitas das realidades...
Era fim de algum começo,
e prolongamento do fim...
Descabido, auspicioso regresso,
medo infindável da descida quase bruta,
abrupta e estarrecedora...
Abaixo, tudo parecia pontiagudo, cheio de farpas...
Pudera, era visão nova do espaço entrecortado que viviam...
Todos os perigos estavam visíveis (perfeitamente...)!
Mas agora, era hora, da noite apagar, e dar lugar aos sonhos intermitentes
O que parecia..."
PS: Desculpem-me pela prolixidade, e até da repetição de titulo...Espero que o Próximo Roda-Gigante seja o último, a Resolução de tudo!
Abraços...
oOo

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Lamparinas do juízo

Eu vi a morte bem de perto.
Mas, não houve música, ou filme de memorias.
Só o medo.
E ainda o tenho.
Pode ser exagero da minha parte,
mas tomar uma pancada na cabeça,
isso de um ônibus em movimento,
não é agradável.
Doeu muito, mas me controlei para não chorar na frente das pessoas,
Mostrei-me forte para os amigos,
e continuei fazendo piadinhas.
Dentro de mim, o medo de perder algo que aprecio muito,
a inteligencia.
De perder as oportunidades,
ou de não poder viver tudo que queria...
(melodramático, eu sei... Mas a dinamica do cerebro é conhecida minha...)
Tive medo, e ainda o tenho...
Um desses médicos de emergencia, nem me olhou, e passou remedio pra dor...
Me deu alta!
Agora eu aqui, sem saber o que pensar...
Ahhh,
senti perto a morte,
e temi...
Temi pela vida que nem descobri ainda,
pelo que mais apreciava em mim,
pela normalidade que estava acostumada...
Amanha posso não acordar,
(não acredito nisso...)
e não tenho nada pra deixar pra ninguém...
Se acordar, acordo com meu proprio vazio,
minhas proprias queixas,
e vou seguir a vida,
com um pedacinho da cabeça marcada...
PS: Depois posto poesia... Beijos amigos...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Roda-Gigante



- Quer dar uma volta na roda gigante?

Ela fitou o dono daquela pergunta, pois sabia que não existia roda-gigante alguma por perto. Mesmo assim aceitou, e de pés no chão, sentiu o maior frio na barriga, que jamais sentiria em qualquer roda-gigante Gigante do mundo.

Não foi tão má idéia, sonhar tantas coisas. Pois descobriram o mundo juntos, e os atalhos mais precisos para encurtar as distancias em pensamentos.

Havia tanto a ser dito, que as horas do dia eram poucas, e as palavras pareciam tão menos eficientes quando escritas de fato.
A voz, em breves minutos escutada, era musica recordada por todo o dia.

Nem imaginavam que o convite, era a maior verdade do mundo,
e cirandavam, tão atentos, que nem sequer perceberam que o frio na barriga, era consequencia do movimento da Gigante-Roda frenética que os guiava.
Vasto Mundo os separava, em telas diferentes! Pequeno Mundo para tamanho amor!



"Gira o mundo, Revira-volta,
esta roda-Gigante, mundo-tempo,
relógio-translação,
nós dois distantes,
todo o tempo..."




-É o fim?

Questionavam-se, em silencio. Não ousavam sequer responder.

Havia tanto silencio, para tão pouco tempo. E tanto tempo separados, por silencio. Havia era muito medo das respostas.

Nem imaginavam que Roda-Gigante tinha horário pra terminar.
Visualizavam da última volta, as estrelas rutilantes que ficariam para trás.