quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Conto narrador-personagem, na terceira pessoa [1]


De sobressalto, olhou ao redor, e assustou-se com a realidade.
Os sonhos da noite ainda rondavam sua consciência que amanhecera cedo, com vontade de café.
Dali a um instante seria dia, e ficar ali remoendo a preguiça com gosto de poesia requentada não seria bom para a enxaqueca.
Pôs os dois pés no chão de vez, e abriu as cortinas.
Seu corpo despertava com a luz.
O sonho se apagava lentamente, tornando-se gosto de noite-mal-dormida na boca...


PS:

Pra quem já conhece, o termo narrador-personagem,na terceira pessoa (no sentido preciso com que o uso...), fica fácil entender... Se não, há sempre como recorrer a um texto antigo. No caso, o texto: Narrador-personagem na terceira pessoa pode os ajudar a compreender...
Eu coloquei um 1 entre colchetes, mas não sei se escreverei outro do gênero.
Estou com sérios problemas para escrever.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A antítese de sempre

A penumbra da noite,
chega a galope apressado,
derramando pesadas gotas de suor bolorento,
sobre os reles humanos que se agrupam em falsidades e feitiçarias...
Há quem diga, que se há entrosamento,
que feridas se curam com orações,
ou que compreensões alheias são mentiras merecedoras de castigo...
Há quem faça o contrário, e no silêncio das cortinas estáticas,
bolam inventários demoníacos,
de mitificações, sacrilégios, fingimentos...
No meio da multidão atenta,
fermentada de discórdias e hostilidades,
se assenta a 'Besta Fera'*,
do hedonismo contemporâneo,
do conhecimento Inabalável,
das palavras que tornam-se verdades tombadas...
E o indivíduo, macerado,
enclausurado em seu pensamento inquietante,
que busca indutivamente uma resposta,
resta a dúvida cruel do segredo absoluto que é a verdade...
Fica difícil distinguir as duas partes que compõe o todo,
fica dificil delinear a separação entre o que merece ser verdade,
ou o que é considerado profano,
insano, mentira descabida,
remoída, e repaginada...
Fica dificil argumentar com a mente moldada precisamente,
com os pensamentos que ora se encaixam,
ostensivos,
em cima de um muro construído para o empirismo proibido,
ora em baldeações medievais de postulados e convenções...
Dita doutrina da mente,
da verdade prematura que se estabelece,
que se perde, que se esquece...
Que age como paradigma rotulado,
e invade convicções romanescas, e sermões dilaceradores...
Não há uma resposta, ou um caminho que se siga...
Há de se convir, que as verdades se desenham conforme os olhos...
Que a mente manipula, conforme lhe foi proposto anteriormente,
e não há mais uma convicção pessoal,
só a do grupo padrão de pensamento...
Agora, em crise maior do que os Medievais passaram...
Testando mecanicamente os argumentos que se encaixam no medo,
ou no que seria realidade crua, sem dogmas,
O ser hoje, que em hostilidade se ancora,
Canta o medo que domina sua mente,
embebida em ideais de procedência duvidosa...
PS:

O ser, hoje, praticamente não pensa no que acredita, e segue a vida achando, que tudo que dizem é verdade... No mundo, onde a argumentação é a chave de tudo, uma boa frase pode convencer qualquer um! E o ser, anti-social ( no meu ver), alia-se aos paradigmas existentes, no dogma, na ciência, e não busca comprovar suas escolhas...Aí, mantém-se no automático, preferindo não pensar em sus proprias contradições, e questionar o que é considerado verdade pela maioria...Repete, repetidamente (fiz isso de proposito...heheheh) tudo que ouve no telejornal, no cursinho, na igreja, no escritório, na Globo...Faz com tanta convicção, que fica difícil desvincular VERDADE de INFORMAÇÃO... Pensamento crítico, foi abolido do intinerário do ser evoluido, que se orgulha das peripécias, e da inteligência, e da tecnologia... Eu fico impaciente, porque muitas vezes, me pego agindo como o ser medieval, que acreditava em algo que não conhecia, que lhes era apresentado como a maior verdade do mundo...E não questionavam...Prosseguiam acreditando apenas...
Não sei dizer a vocês, tudo que realmente queria, e como me sinto incomodada em ter uma mente moldada, e manipulada (quem não a tem?). E como tantas outras, tento mudar a ótica, e questionar algumas coisas, e acabo me enveredando pelo caminho que me foi proposto de antemão...
Tenho a impressão que sofremos mais que os medievais...Que o nosso barroco, não mais é constituído de Antíteses, mas de paradoxos tão complexos, que mesmo pensá-los seria inviável!
"O que eu não quero, isso eu faço, mas o que eu quero fazer, não consigo..."
(frase de algum versiculo da Bíblia, que não me lembro a referência.)

domingo, 25 de outubro de 2009

Espelho [2]




Emblemático é o espelho,

em suas vis considerações,

se sua semântica muda,

é o meu domínio léxico-corporal.




Minha imagem gravada no espelho,
tal qual entalhe em Mármore de Paros,
Evidenciando todos os defeitos do Mundo!

(e que eu preferia não enxergar...)

PS: Meus amigos, desculpem-me a demora de postar, e ainda pelo post pouco criativo que vos deixo agora... Assim que tiver mais tempo, oferer-vos-ei algo mais interessante... Saudações cordiais!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Clareza


Quero ter a CLAREZA,
de quem à beira da morte,
contempla o mistério da vida...

(Não importa...)

...Se se morre, e se renasce,
se se recicla,
se desaparece...

Quero a clareza de quem não entende,
de quem apenas descobre!



PS:

Não, não quero morrer!
rsrsrsr...

sábado, 17 de outubro de 2009

o Sonho, e a Culpa


No chão, o papelão forrado,
e a criança sonolenta, desaba.
Sem pão, o estômago ronca,
fazendo trilha sonora para o contraste que se pinta na realidade.

Em baixo da marquise, o menino vê o céu ser barrado pelo concreto.
Percebe apenas, os carros que passam apressados, e barulhentos,
escondendo o barulho do seu estômago...

Não teme a escuridão!
Seus monstros aterrorizantes são a fome e a miséria,
tem a angústia
do medo da bala perdida, da violência...
Há muito tempo, não espera o Papai Noel, ou o coelho da Páscoa,
Esperava sim, um olhar de compaixão,
uma mão que afagasse seu desespero,
e o ajudasse...
Tinha receios que isso viesse a acontecer um dia,
e pedia em oração a Deus, que sobrevivesse àquela noite...

Sua infância esvaía, soterrada pelo egoísmo alheio,
pelo concreto armado, que cimentava os olhares, e opiniões.
E tinha fome, muita fome de carinho, de futuro!

Mas, a sociedade só o oferecia um prato de sobras,
só era visto de relance, pelas pessoas que passavam apressadas.
Podia até gritar que não seria ouvido.
Era sempre a mesma resposta:
-Não tenho dinheiro!
Não era dinheiro que ele queria, era vida, era oportunidade!

No colchão de papelão,
o garoto sonolento fazia seus votos, e preces.
Fechou os olhos, e por alguns instantes, seu semblante lembrava sua infância.
Sim, era uma criança que dormia serenamente, e sonhava.
Sonhos de criança, com balas, fadas e carinho...

Havia esperança enquanto sonhasse!



PS:

Nem posso imaginar quantas vezes, passei na rua, e não percebi uma criança indefesa soterrada pelo meu egoísmo...Inúmeras vezes, dei a fatídica resposta, do "não tenho grana.", e não pude ver o desespero nos olhos carcomidos pela miséria.
A pobreza, é minha culpa, que aspiro galgar uma posição na sociedade, enquanto muitos outros, são expulsos do direito de tentar...
O barulho dos carros, pode calar o som altíssimo dos milhares de estômagos que roncam de fome, mas não podem apagar a existencia do menino esfomeado.
Evitamos esquinas, com a desculpa de se esconder da violência, não passamos por ruas, evitamos sinais...Evitamos lembrar que existem pessoas abaixo da linha da pobreza...
Enquanto a consciência não toma conhecimento da miséria, podemos viver com a barriga cheia de comodismo, estáticos, enquanto devoramos as oportunidades cozidas, dos garotos que nascem sem sorte...
Podemos andar de carro, a vidros fechados, presos num mundo hostil, enquanto cá de fora, alguém só implora um olhar...
Sou culpada pela pobreza, e assino a sentença de morte do menino, toda vez que passo, e finjo não enxergar!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Desconforto

DESdigo, o incerto,
reUSO, as desculpas,
empalideço frente às consequências...
Medo eloqüente, de quem conhece a dialética,
de quem de forma hostil, ignora as tolices,
e reedita tantas Coisas, até ver um signo novo, presentear os sentidos...
REintegro projeções, às lembranças esquecidas,
me desFAÇO, me rePinto...
Incerta, caminho pelo rumo que rabisquei a lápis HB...
Traço fraco, quase apagado,
Rasgando as Fibras inconstantes dos pensamentos,
e se moldando,
delgado e sinuoso,
às IMprecisões da hostilidade,e renúncia...
Não encontro refúgio,
no mundo que inventei,
Não tenho esconderijo, e lido, incansavelmente,
com todos as faces das insanidades que internalizo...
Meu mundo pequeno,
quase microscópico,
para a poética que se intumesce,
embebida em água, e germinante,
contextualizada com as realidades ásperas, e não prodigiosas...
CONSTÂNCIA impregnada de desagravos,
de PRÉestagnação!!!
É meu verso pálido,
de secagem ESMIUÇADA...
DESenganado, esparço, remetido incauculado,
em devaneio rouco...
São minhas valências, estagnadas,
semi-Hibridizadas*, de palavras, palavras, plavras sem sentidos,
sem significações que concretizem qualquer idéia...
Meu Eu, desejo AGUADO,
sujo, às vezes, internalista, egoísta, chamuscado de vertigem,
de bobagens,
de quase nenhuma irresponsabilidade...
Resguardado de conclusões, e preenchimentos...
Doído da perda,
descontando na poética fragilizada...

sábado, 10 de outubro de 2009

Frases pela metade...

Na metade da frase,
desconsiderei todas as coisas que tinha dito antes,
e resolvi fazer uma nova conclusão...
Fala interrompida, não é fala apagada.
Infelizmente...
Já que, não há um paradigma a ser seguido,
e o resultado é o texto em carne-viva
a verdade bruta,
não lapidada pela escrita manipuladora...
Na metade da frase,
eu inverti o rumo,
e por resolução inequívoca,
disse-te a verdade bruta, sem rima...
Fala invertida, não é fala compreendida.
Infelizmente...
Meus marcadores foram precisos,
quanto ao rigor semântico,
mas tu, alocutário,
tapastes os ouvidos,
e deixastes-me num solilóquio monótono, e irresponsável...
É um equívoco, tratar desta "conversa de botas batidas"
tão prolixamente,
remendando significados, e lembranças,
até formar uma colcha de retalhos que abrigue o coração...
Mas, de que posso fazer, se o pensamento instantâneo,
limita a ação à soma de suas partes mecânicas,
e faz emergir, do equilibrio estático, o Caos,
a desordem enigmática de todas as metáforas que criei um dia...
Não faz mais sentido, cultivar frases inteiras...
O remendo, por enquanto, serve, até o instante que as causas, unicamente, falem por si.


PS:
Me perdi na conclusão deste texto... Tenho receios de dizer, o que não faz sentido, como negar meus sentimentos, e insistir na idéia absurda, que não quer deixar minha mente...
Odeio despedidas, odeio finais que não correspondam às minhas expectativas...
Odeio coisas mal escritas, sem conclusão coesa...
Odeio essa minha história, que tenho repetido, exaustivamente, e que se encontra pela metade, como a minha frase...

domingo, 4 de outubro de 2009

Para ser breve, Flolhetim


Foi um big-bang gigantesco,
dois olhares apressados se chocando no inesperado.
Depois disso, uma tarde passa voando,
dando lugar às eras que se sucedem, de tremedeiras a calafrios.

Despedida.

Um amor surgido do nada...
Evolui da solidão e da distância, tendo a poética como formadora de sua matéria.
Ele não sabia de nada, e seguia sua vida,
de anti-matéria...
Universos paralelos se cruzam?
Se esbarram, embaixo do sol quente,
e unidos pela apreensão de "decisão do futuro"
encontram-se...
Saudade morre, e subsiste o desespero de presença...
Grudados dois dias, discutindo provas e teorias...
Dali a frente, mais um dia nos separaria novamente...
Se não fosse a persistência...(Diria o destino, se falasse a alguns dias atrás...)
Mais uma vez, nossa dialética se mostrou complementar,
e não contaríamos "conversa" em atirar fora os relógios,
e permanecer a eternidade sem questionar o tempo...

Despedida.

Abraço apertado, que até hoje tatua meu peito...
Adeus sem mãos, apenas com o olhar...
O universo se expande... O ano termina,
e a lembrança da virada... Minha condeCORAÇÃO em teu pescoço!
Resultados aterrorizantes, pisoteiam as vontades,
e contaminam a nascente de esperanças que minava entre nós... (mesmo que secretamente)
Nossa presença virtual,
minguava,
enquanto o sentimento, se fincava cada vez mais...(em mim.)
Minha matéria poesia impregnava-se de medos, e desesperanças...
De repente, uma virada incauculada,
e vejo meu destino rodar 180°...
Para muito longe...
Decidi abandonar a crença, e me fazer de vez,
vazia de lembranças...
Mas quem dera...
Envio-me, instantaneamente, em palavras,
até tuas mãos,
e me respondes...
Nos aproximamos, a cada lua,
e a víamos adormecer todos os dias...
Presença muda,
só lida...
"Amor da minha vida!"
O sonho da Roda-Gigante...O coração que pulsava inaudível...
As promessas infindas, na lista que criamos... (eu a perdi...)
A Escócia, o balão, o Vôo...O DNA, e suas dicas intergalácticas...
Nosso vôo foi curto...Desvendamos o espaço imenso, num piscar de olhos,
e tivemos o Outro tão intrínseco, que chegamos a acreditar que estivéssemos,
de fato,
juntos...(ou que podiamos ler os pensamentos do outro)
"O destino se encarregará de reunir-nos novamente..."
Era nosso evangelho!
Dali a pouco, percebemos, que a distância Aumenta sempre.
Deixou-nos isolados em nós mesmos,
sem oportunidades, ou motivos pra sair da redoma encantada do sonho individual...
Perdemos contato...
Por obra, de não sei que acaso, ou consciência, ou cotidiano!
Conjecturas brotaram, e cresceram (daninhas que eram) em nosso jardim...
Tudo que florescia, tingiu-se de um cinza-grafite,
e desfaleceu...
Não havia um amortecedor para as palavras,
e meu tom era de fim...
(embora, me agarrasse ao ultimo fio de esperança...)
O seu, era de 'vagabundagem' (incerto, escorregadio, errante)...
Ate agora, creio que sua verdade veio pela metade...
De fim, abandonou-se a Roda-Gigante,
e promoveu-se o suplício da imaginação, e do desejo...
Não foi culpa sua...Nem minha...

Despedida*...



PS:

Os pedidos foram de um livro... Entretanto ofereço-lhes apenas os fatos...
Prefiro ser breve...
i'm sorry...



*Despedida não oficial...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Roda-Gigante [3]


Imaginaria um milhão de coisas a dizer neste instante,
Mas meus milhões de palavras, são muito para os instantes que escasseiam...
Coração é Mara! Samba, bongô africano, motor imperecível para viagens e vontades!
Foi/é/será (sempre) palco para as mais loucas peripécias,
E por isso, não deixará de sofrer nunca.
Amarra o tempo no pé da mesa, deixa estático, Vamos apreciar a vista da madrugada que se finda, e imaginar o lindo pôr-do-sol futuro tão planejado.
Arruma as malas, se prepara pra errar o chão,
Pra voar mesmo sem asas, pra caminhar no céu, com os pés no chão!
A viagem mais louca, inesperada, a imaginação que aguarda, o quase início de um grande conto, ou história mesmo...
Roda-Gigante é tempo, dia-noite, espera marcante... Duraria? Esquece o tempo, pois ele passa, passa...O presente é a verdade, é a eternidade, é cada minuto findado em pensamento constante no outro!
Ah, Universo de vastidão cansada, não me vistes? Mergulhei na idéia de ser estrela, espaço, viajante galáctica... Mergulhei na escuridão do olhar profundo, universo imenso cheio de estrelas rutilantes... (teu olhar universo)
Mergulhei no teu xodó, no teu carinho, no grito “Amor da minha vida”, no sonho de depois, e depois, e depois...
Na mensagem exata, de boa noite,
Declarada fala pela mente nostálgica...
Primeira-Vista é nascimento! Avante! Até que a morte (n-)os separe!
Mesmo que seja a morte do sentimento...
E não é tristeza não! É ciclo, é vida inversa! Afinal, amor é energia, é constução!

oOo

Não sei ainda, dizer-te Adeus,

ou se desejo isso...

Não sei que fim levou a nossa história,

pois resolvi guardar os scripts no fundo da gaveta...

Odeio saber o final antes de ler TODA a história!

Prefiro calar a voz do narrador...

oOo

É o teu tempo agora!


PS1:
Queria escrever um texto específico sobre o 'Roda-Gigante', mas nada melhor do que eu mesma te disse...
No instante, era palavra sem contexto... Hoje, há a tristeza como plano de fundo (embora o texto soe alegre)...
Tudo resolvido... (não da melhor forma, mas findado...)
(entende quem acompanhou {de perto e/ou de longe} a série de textos Roda-Gigante [1] [2] [3])
PS2:
Gostaria de agradecer à Danii do blog 'não basta apenas existir',
e também, ao Marcio mello do blog 'estrada de pensamentos', e à Amanda Luíze, do blog 'borboletas na gaiola', pelos selos...
Eu nunca coloco os selos aqui, mas fico muitíssimo feliz...Desculpa a demora pra agradecer...
rsrsrsrrs
Obrigada pelo carinho... Amigos blogueiros...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Tempo...

Eu tenho achado que o tempo acompanha meu ritmo...
Eu que quase não paro,
que levo a vida freneticamente,
tenho a impresão de levar os ponteiros do relógio presos nos braços e pernas apressados...
Quando vejo,
é o tempo ao meu lado,
em esforço descomunal para andar lado a lado,
ou me ultrapassar, quem sabe...
Faço samba, na caixa de fósforo,
ligo o zigue-zague,
zango, badalo, me escondo...
Apresso o passo,
e o tempo no encalço,
sambando meu samba,
(Para-)Fraseando minhas rimas...
Tenho desconfiado que o tempo me segue,
que imita meu ritmo agilmente descompassado,
que transcorre apressado pelos dias repletos, e frágeis,
e os tic-tacs ressoantes na madrugada-quase-dia,
Tornam-se segundas e infindáveis horas,
enquanto meu sono acorda, lentamente...
Se me segue,
se dança minha dança,
se se torna o meu dia,
se se sente ameaçado com minha pressa sem fim,
Não importa!
Pois eu sou quase tempo...
Eu tenho achado que o tempo acompanha meu ritmo...
Eu que quase não paro,
que vivo à velocidade da luz,
Peço tempo!
Preciso de um dia inteiro...
Deixo os segundos para amanhã!