quarta-feira, 29 de abril de 2009

Explico-me

Versos inversos,
redondilhas textuais imensas,
fora de padrão,
perfeitas idéias atômicas,
pelas metades, cortadas...
Versos incompletos,
metades absolutas...
Meias verdades, absurdas,
pensamentos mudos e surdos...
Gritos inconsequentes, em poemas
nada mais que imperfeitos desatinos,
do medo impiedoso,
e estático,
estátua pesada e anônima,
obliquíssima, em seus pesares dispostos,
semanticamente em alguns trechos,
metidos a besta,
de extermínio semantico-vocal...
Sinto-me muda de Fonética nova...

Ops 2!!!mais um post...tem mais alguns abaixo: leiam, por favor....
I need coments!!!!

Café do amanhecer

Amanheço meus Medos,
com cara de Pão-dormido,
embolorado,
e coloco-o à mesa, com o Café amargo,
da Dúvida profunda...
Se Sonhos reais,
amanhecem intactos,
depois se dispersam,
e permanecem calados...
Em Conscientes apagados,
semi-borrados,
tapados com a mão,
escrevedora assídua de Versos
esparços,
em redondilhas menoes,
e frescas...
Nem sonetos de amanhecer,
muito menos,
considerações alexandrinas,
mas,
Massa velha,
fermentada,
esverdeada,
entrecortada de raízes profundas,
de hifas,
ninféias gregas de dor,
e amarguras intensas,
frias,
sem sabor envolvente...
Pão-dormido,
das déias amargas,
embebido em café-preto,
dos Medos empoeirados...
Ops: mais um post hj...leiam o de baixo, e o de baixo do debaixo...comentem os dois ; )
bjs...

Perspectiva

Coração que quer voar e despender-se do jugo de pedra...
E inventa conceitos internalistas,
de individuo mutante,
de balistica,
ou andante,
Vagabundo estrelar,
ressoando sonhos absurdos,
e emudecendo idéias errantes,
sobremodo esparças,
de algum futuro...
Ai, coitado pierrô,
de perripécias mudas,
contrastadas de rosa e cinza,
evidenciadas em algumas esperas torturantes,
e sonhos ternos...
Agora, arquiteta mil motivos
de imediatismos compactuados com o destino...
E não sabe o mal que o espera...
Se a frente, Mais corações ainda,
vertem suas razões egoístas,
num rio sujo de contenções, desprezos,
morte...

sábado, 25 de abril de 2009

Resíduos do lixo (interior)


Teve aquele garoto,
que me pediu dinheiro ontem,
e eu não dei...
Agora me arrependo,
penso em seu estômago vazio,
e o meu prato-cheio de desdém...



Aquele garoto do lixo,
lixo das minhas atitudes,
resíduo da minha consciência lavada,
"culpa de ninguém"...



E me engano,
e acredito nas mentiras contadas
ocasionalmente,
por pessoas barrigudas e bem vestidas,



E me emboloro de circunstâncias egoístas,
motivações ensandecidas,
Conjecturas nada idealistas,



E enjoo ao cheiro da comida,
do prato cheio de besteiras,
comida escassa que cala a boca do pobre,
e enche a gula dos ricos...



As bolachas recheadas que matam de
obesidade,
pirão de farinha que cola o estomago do favelado...



Pão e circo,
que esconde miséria,
em lonas estreladas,
céu colorido...



A criança não entende,
e acha que o barbudo,
é papai noel, pai dos pobres...



E cada um, afogado em suas histórias medíocres,
em suas mesas repletas,
em suas televisões telas planas,



E o trabalhador explorado,
morre de fome,
afogado nas mazelas
da sociedade rolante...



E estes versos, cuspidos da revolta,
do vômito sintático,
da consciência do egoismo
não enchem a barriga daquele menino,
não preenchem seu coração,
do que lhe é negado,
mas enchem-me de culpa...



Vítimas bestas do capitalismo...

Eu,

egoísta,

o garoto,

sem sonhos...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Tristeza Daninha

E o medo que bate,
o devaneio???
sorte existe?
desnorteio...
e não vejo, as esperanças cabíveis,
desfaleço,
temporariamente,
e a dor que dói o futuro,
essência dos meus axiomas disponíveis,
e ancoro em pedaços de pedras do terciário,
minhas subjugações efêmeras...
E choro, e canto,
e adoeço as mágoas...
aurículos batem tenuamente,
seus chorinhos de saudade...
E a tristeza, amiga daninha,
brota, exuberante da felicidade...
podes notar??
quão logo, o sorriso seca,
as lágrimas, exalam em protuberancias,
e se derramam enxutas sobre o chão enlameado...
e os cacos dos vidros,
das pedras,
das palavras exaladas de frascos,
das verdades inventadas,
a ferir os pés, as mãos
Não digo quanto posso,
não grito quanto devo,
enlouqueço!!!
e toda a vida, permeia o abismo,
o limiar da loucura,
do desejo...
e não há na frente,
um brilho de amanhecer...
A noite começa de agora!!!!
adiante,melancolia...

terça-feira, 21 de abril de 2009

Permeáveis

Em meio a ti,
sou mais que eu,
sou mais que
simples palavras
a pintar metáforas
em muros dispersos...
Em meio a você,
viro contexto,
viro chave,
viro motivo...
E todo você,
é convite,
E todo o teu ser,
é poesia,
poesia completa
que não me deixa vazia
e eu sou a melodia...
A gente se completa, sabia???

sábado, 18 de abril de 2009

Incurável...









Agora, só

o som da tua ausência,

ecoando na minha silenciosa solidão...





It hurts me!!!






sexta-feira, 17 de abril de 2009

Blefe???



E amo-te,


de forma singela, e intensa,


e desejo-te, tão desesperadamente,


que desfaleço à espera de respostas...


Apalpáveis,


não livres palavras, como pássaros selvagens,


não olhares oblíquos, desapercebidos...


Mas mão na outra,


contato direto,


boca-na-boca...

terça-feira, 14 de abril de 2009

Agonia


Ninguém comenta...Eu posto....rsrsrs



Dói demais esta falta,

essa saudade incauta,

essa falta de esperança...

essa incerteza, certa,

de agonias e desesperos,

de meias-verdades,

omitidas em elipses,

zeugmas, silêncios,

medos...
Obs: não esqueçam de ler os posts de baixo....bjs...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Mágica?


À merda todas essas considerações bestas, de preservação do ego em riste!!!
Nada de palavras atrasadas, e culpas esmigalhando a consciencia...
Quero mais é a verdade pintada de roxo,
esmiuçando as causas passageiras dos risos momentâneos,
e das saudades incalculaveis...
Quero o agora, atualizado,
sem as covardias quotidianas, e sem filosofias vãs...
Quero fechar os olhos, e ver minha realidade transparente,
tornar-se concreta e apalpável,
e tocar com a mão, e abraçar as verdades circundantes...
Como queria dizer o que sinto,
e Alacasim!!!
Mágica instântanea...
Fez-se!!!
palavra tem esse poder...
eu não!!!
Continuo muda...

OBS: queridos leitores, não esqueçam de ler o post logo abaixo...
breve postarei novamente....
bjus carinhosos...

sábado, 11 de abril de 2009

Estaferme Zurrapa


Um cheiro morno invade a sala. São as rosas do jardim florescendo, alguém gritou de lá de dentro...
Mas eu não perguntei nada...
Seus pensamentos são tão altos, que a maioria das vezes chega incomodar...
não disse nada...
não saberia mesmo o que dizer, então fechei os olhos...
nas minhas mãos, a xicara de café, esfriava...
o tempo também...
algumas nuvens escuras vinham combinar o céu, com os altos predios cinza-concreto...
não sabia o que fazer depois do café,
então, me sentei e não fiz nada..esperei...
até cansar,
e tentei escrever alguns versos...
só tentei, e desisti..
também, quem manda tomar café...
Conversando sozinha, querida???
não mãe, esquece...
continuei calada, olhando a estante,
tantos livros puídos...
todos inesgotáveis na memória...
poderia ser um deles, e seria feliz!!!
mas não posso ser um livro...
me enchi de eternidades, e saí da sala, até a janela...
não havia mudado muita coisa não...
e pensei, que as vezes, a poesia que há na gente,
é como um grito que quer se libertar da garganta...
ele nem sempre diz muita coisa,
às vezes é bem feinho,
mas levam consigo, uma carga enorme de sentimentos...
nessas horas, as palavras são vazias, e insignificantes...
poderia gritar agora,
mas estava tão entretida com o vento refrescante...
sopravas as roseiras, bagunçava meu cabelo, enchia meus pulmões de energia...
poderia petrificar bem ali...
abri os braços para receber os carinhos da natureza...
me sentia viva,
e as idéias em mim faziam festa...
escreveria mil paginas, se as tivesse,
e inventaria tantos poemas quanto pudesse...
mas a inspiração é traiçoeira,
vem e vai a noite inteira,
e rende grandes sensações...
e dancei com ela na sala,
sua eloquência habitual, não me surpreendera,
já a conhecia por inteiro,
com sua comoção melosa, e gosto por blues...
e valsei até doer os pés,
e ri tão alto, que me assustei...
por fim, tirei os sapatos...
por que estava mesmo de sapatos dentro de casa...
cada coisa que acontece...
lembrei da caixa de sapatos, em cima do armário...
tão repleta de antigos versos, que chegou a abarrotar a cama..
aquele cheiro velho de mofo e poeira,
faziam cócegas na emoção que sentia,
desatando uma lágrima escondida sob a palpebra inferior...
li li, li, até que os olhos doessem...
aqueles papéis amarelados,
estavam repletos de emoções adormecidas...
elas nunca se vão, é verdade...
tornam-se mudas, nas telas emboloradas, das lembranças narradas ocasionalmente...
guardei todas de novo...
e vi a parede do quarto...
quantas vezes haviam sido pintadas...
mereciam uma cor nova..
diferente, recém descoberta...
uma nova tonalidade do arco-íris infinito que se pintava lá fora...
sim, havia chovido...
as esperanças rescendiam novamente a aurea cansada...
sentia-me infinita, de sentimentos,
e limitada pelo tempo...
queria liberdade, então...
não queria destinos, ou encontrões repentinos de eletrons, e forças minúsculas...
queria força, e desatino...
e corri pela casa, e me despi das certezas
desenhadas no corpo, pelas palavras estáticas, e razoáveis....
me enchi do riso gostoso e sem sentido,
emoldurado rusticamente,
nas sombrias paredes da dialética...
e comi completamente,
o prato fumegante da sutileza...
da garganta, o grito mais agudo, e preciso,
ecoou, deixando a garganta e o coração,
em busca do universo distante...
depois, em delírio poético,
reboquei os velhos muros,
e pintei todas as janelas...
No mesmo dia fui diagnosticada Estaferme Zurrapa...