As têmperas desgastadas, exibem uma clara cor sem ternura. Todo o rosto parece imerso numa expressão contínua de nojo. Totalmente sem marcas, sem rugas, os olhos fixam-se sempre à frente, sem espanto. Vivendo esporadicamente, como quem dormita, este humano (que somos todos nós) não espera. Adianta-se sempre, com os passos apressados a caçar segundos. Atravessa horizontes sem nem se dar conta do que fica para trás, ou do que é atropelado pelo caminho. Pudera então, ser nomeado cego!
Repleto de escárnio, despeja-o sobre os outros, sempre sucinto, sempre inerme. Envaidece-se, de seu rosto sob medida. A massa corrida aguada, moldada meio quadrada, com os vértices a escorrer no pescoço como suor. O lado, rente ao mistério que há por baixo, é desgastado pelos dias encarados de frente.
E cada dia mais sem aspecto, o semblante morto, exibe a indiferença.
Humanos de máscaras, perdidos, vagam através dos caminhos, cambaleantes. Encontram tantos outros desconhecidos também vestidos com as ditas máscaras engenhosas. Traçam rotas, designam paradigmas...
Por fim, crêem com plena convicção, na veracidade da ilusão que criaram.
Por fim, crêem com plena convicção, na veracidade da ilusão que criaram.
Até que ponto há uma verdade, de fato, por trás da máscara tão perfeitamente colocada?