quarta-feira, 10 de setembro de 2008

apenas poeira...

já tentei escrever mil coisas,

mas nada sai de concreto,

só uma poeira densa,

que cobria algum móvel antigo com cheiro de mogno...

só uma fuligem,

da lareira acesa no inverno passado...


nada fresco, nada novo,

só o gosto de café-com-leite,

sem açúcar....


tem ainda, algo muito escondido,

ouço um barulho dentro de um velho guarda-roupa..

tem cheiro de naftalina...

algum verso se esconde...


sei que está aqui, dentro de mim,

prestes a ser escrito,

mas ele prende-se à goela,

engasgando-me...


a língua, ansiosamente espera,

o momento de inundar-se,

com misteriosas palavras

o momento de libertar a alma, de palavras tão

infecciosas...





*putz, será que dá pra entender alguma coisa????

pra mim faz muito sentido...

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