sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Para ela, e prara mim...

A P.C.

Não existe moça triste, triste moça,
Tua beleza te faz solene,
Mas não existe beleza triste,
Só a triste beleza da tua solidão.
Os teus lábios calam os cânticos,
E a áurea preocupada vasculha no presente uma indicação.
O coração sempre alheio às certezas, impera vagaroso a condescendência de vida.
Tua triste beleza moça, denota solidão,
Solidão de moça triste: de poemas solitários e juventude rouca.
Mas que solidão é mais triste que a da triste moça?
De existência solitária e reclusão da alma?
Tuas algemas rebrilham como pulseiras em meio ao caos.
Brilho oco, de metal polido, refletindo as luzes incidentes das estrelas que mimam teu teto alvo.
Solidão é triste, moça, a tua!
Tua beleza triste, tuas lágrimas solitárias, tua juventude escorrendo como tempo em ampulhetas mágicas
Não existe moça triste, mas, em ti, toda tristeza se pinta com a beleza dos poemas antigos.

4 comentários:

. disse...

Moça triste, dos olhos moles de doer...
A moça triste um dia há de sorrir feliz.

Beijos.

Léo Santos disse...

Quero não crêr que a tal moça triste desse poema magnífico, feito por mãos de fada, seja tu... Pois, se és triste tendo no lindo rosto um sorriso maravilhoso desses, então, estejas certa de que fazes por aí a alegria de muita gente e não sabes.

Um abraço!

Priscila Rôde disse...

Que a moça triste maltrate a tristeza um pouquinho...

Um beijo, Nine.

Maria Midlej disse...

Ficou bonito, Nine.
''Não existe moça triste, mas...''
haha
*-*beijão