quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

tímida declaração


O que diria, meu amor,
se me escutasses??
se pudesse, dalgum lugar do mundo,
ou fora, não sei,
por um breve instante, ouvir
a minha voz???
de certo, que me embaraçaria um pouco,
constrangedor essa pacata declaração de amor,
posto que,
não entendo nada de versos, e rimas...
poderia me apresentar como uma sombra,
esquálida e magra,
mas te assustaria,
poderia dizer-me uma dama,
mas de antemão, me negaria,
melhor declarar-me apaixonada,
por essa fragrância deliciosa que exala do colarinho,
ou pescoço, que seja...
é imaginação, te lembras...
só a voz pode ser ouvida...
bom, não conheço a distância,
ou o teu semblante,
só a matéria luminosa,
de algum lugar do cosmos,
sei que forma a tua íris resplandecente...
não sei seu nome,
não reconheço seu timbre,
não sei nem mesmo o teu semblante,
mas o teu coração pulsante,
delira certezas absurdas,
que logo estarás aqui...
daqui a um instante!
ainda não amo a tua fronte,
é bem verdade...
da tua personalidade não sei o nome,
e o teu jeito,
não distinguo entre os homens,
mas amo a tua alma...
tão complementar à minha,
posso imaginar,
senão, o destino não daria esta oportunidade,
creio,
posso dizer que nossos caminhos se descrevem
desde o nascimento...
breve, nalgum lugar do mundo,
essa grande pátria sem fronteiras para o amor,
será cenério para o mais esperado momento
de palor,
de dois olhares se reconhecendo um...
sinto minha alma tangente à tua,
nesta vastidão profunda e escura,
que é a vida solitária,
esquadrinhando um só momento...
posso dizer, com pouco receio,
que em minha mais singelas preces,
te peço ao Senhor,
para que comigo habites para sempre...
ahhh, se me escutasses,
se pudesses saber, o quanto espero o momento de te encontrar,
ainda não sei quem és,
e o tempo,
não pôde juntar-nos, ainda,
mas se pudesse te dizer,
o quanto desejo....
o quanto desfaleço de saudade
da tua essencia,
que do meu imaginário trescala,
forte e refrescante,
como hortelã e louro...
poderíamos ver o pôr-do-sol,
qualquer dia desses a tarde,
claro, que beijaria-me a mão,
e declamarias uma poesia inédita,
feita na hora,
ou contentariamo-nos em ver
o movimento dos coqueiros,
e saber os antiquissimos segredos,
guardados no vento susurrante das ondas da praia...
se me ouvis,
dizeis agora,
que podes tu amar-me,
que logo, logo, irás encontar-me,
não te demores, amor,
que a minha poética sem ti,
é incompleta...

8 comentários:

Beta Profice disse...

Que tua espera seja breve e tuas preces atendidas, que venha o "amor-perfeito" em tons pastéis, leve como brisa, sincero como sorriso de criança se é assim que ansei seu coração, o que posso dizer-te?
-Amém! =)
Boa sorte, boa espera...
Meu beijo carioca*

Mamello disse...

Que lindo Nine!
Amei tudo o que li, faz a gente sentir a perseverança e o anseio muito presentes. Adorei!

As férias foram do trabalho,
a pós que é aos sábados, não me deu trégua...rssrss!

Anônimo disse...

"Os ventos que as vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar... Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado e sim, aprender a amar o que nos foi dado. Pois tudo aquilo que realmente é nosso, nunca se vai para sempre."

By: Danilo ;D

Anônimo disse...

Grande!Deu preguiça, mas eu li!
¨

Elísio França disse...

Adorei seus textos, todos muito criativos e com muita emoção.
Até mais, estou a espera de novas publicações.

Anônimo disse...

Amei esse seu texto... me fez deleitar nas palavras... da para sentir sinceridade, espera...
Lindo de mais!

Anônimo disse...

Naum seii nem mais o q dizer sobre os seus textos...
P-E-R-F-E-I-T-O!!
Um beijo!!

Anônimo disse...

MuitO booooom!!! O q dizer, hein?!
AmEiiii!!!
Beijo!