quarta-feira, 8 de julho de 2009

Diferenciação...


Quero abrir o coração,
e extravasar as coisas que tem dentro...
Dissecar os nomes que me assombram,
e entender as razões, e as noções...
Essências, não são cheiros,
não são sabores...
São ventos inquietos,
que sacodem flores...
Despetalam sentidos,
e polinizam sentimentos...
Queria vomitar todas as borboletas que hoje casulam (adormecidas) em meu estômago... Quietas todas elas,
mortas!!!
E então, encher a barriga de cheiro de narcisos,
de vegetação, de rios...
Nada de nuvens, e borboletas...
Nada de óculos coloridos que camuflem realidades...
Sim, queria estourar o coração,
revesti-o de lignina,
até que as células romanescas morressem...
Queria produzir bastante súber,
rebocar com concreto as paredes moles do coração,
deixar os aurículos estáveis,
a pressão cautelosa...
Queria controlar certas coisas,
e ainda vestir de armaduras os olhos,
o tato,
as sensações de vontade, de desejo,
de saudade...
Prevenir a poesia de romances...

3 comentários:

Débora A. disse...

Nine,que lindo!
Eu tbm "queria controlar certas coisas" em mim,mas ô negociozinho difícil...rs
perfeito seu escrito...
saudadessssssss tbm.
bjaumm:*

Levi Agreste disse...

não se pode adormecer ou acordar o amor antes da hora... ;]
beijo paulista

Unknown disse...

A poesia sem romance perde um pouco da sua beleza e elegancia.
Nao queira matar o amor aprenda a ama-lo mesmo que ele nao te ame.