quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Tempo...

Eu tenho achado que o tempo acompanha meu ritmo...
Eu que quase não paro,
que levo a vida freneticamente,
tenho a impresão de levar os ponteiros do relógio presos nos braços e pernas apressados...
Quando vejo,
é o tempo ao meu lado,
em esforço descomunal para andar lado a lado,
ou me ultrapassar, quem sabe...
Faço samba, na caixa de fósforo,
ligo o zigue-zague,
zango, badalo, me escondo...
Apresso o passo,
e o tempo no encalço,
sambando meu samba,
(Para-)Fraseando minhas rimas...
Tenho desconfiado que o tempo me segue,
que imita meu ritmo agilmente descompassado,
que transcorre apressado pelos dias repletos, e frágeis,
e os tic-tacs ressoantes na madrugada-quase-dia,
Tornam-se segundas e infindáveis horas,
enquanto meu sono acorda, lentamente...
Se me segue,
se dança minha dança,
se se torna o meu dia,
se se sente ameaçado com minha pressa sem fim,
Não importa!
Pois eu sou quase tempo...
Eu tenho achado que o tempo acompanha meu ritmo...
Eu que quase não paro,
que vivo à velocidade da luz,
Peço tempo!
Preciso de um dia inteiro...
Deixo os segundos para amanhã!

Um comentário:

Luíze Tavares disse...

Nossa! Esse tempo que não pára de passar... agora me dei conta que já estamos no fim do ano.

Belo tesxto. Desculpa a ausência, mas essa correria... tu sabe né?

Beijão, linda.