Poema Fúnebre
O poema que não escrevi hoje, me acusa.
Remexe dentro de um túmulo fechado, fazendo barulhos terríveis.
Eu, a culpada por sua quase-meia-vida pois não passou de intenção: mais nada.
Mas que intenção, não premeditada, pode ser acusadora,
se de mim, não passou de idéia equivocada?
Meu verso, que hoje cheirava a poeira e hipocrisia,me acusa:
Por não tê-lo deixado ressoar, e fugir do meu coração-túmulo-escuro...
Monstro em baixo da cama
Pela fresta da porta, um assobio gélido adentrava sua tranquilidade, e a fazia relembrar dos monstros que habitavam sua realidade ingênua.Sentia a cama tremer, e fechou num estrondo, os olhos como portas. Só a curiosidade era a chave.
Parece que a escuridão aumentava, na mesma proporção em que o peito assumia o controle do medo. Era o coração, que em taquicardia, acelerava invariavelmente, com as sombras que rondavam a realidade abstrata do sonho.
A garota, elevou o lençol até a cabeça, e tentou tapar os ouvidos para não escutar os passos dos monstros que passeavam pelo seu quarto escuro. Podia imaginar seus rostos cortados, embebidos em sangue, e sua sede sanguinária por sofrimento.
Resolveu espiar por uma brecha do lençol, o movimento dentro de seu quarto, e pode perceber que estava só. Nenhum espectro aterrorizante velava por seu sono improvisado. Em baixo da cama, apenas o monstro assustador do vazio a espreitava.
Parece que a escuridão aumentava, na mesma proporção em que o peito assumia o controle do medo. Era o coração, que em taquicardia, acelerava invariavelmente, com as sombras que rondavam a realidade abstrata do sonho.
A garota, elevou o lençol até a cabeça, e tentou tapar os ouvidos para não escutar os passos dos monstros que passeavam pelo seu quarto escuro. Podia imaginar seus rostos cortados, embebidos em sangue, e sua sede sanguinária por sofrimento.
Resolveu espiar por uma brecha do lençol, o movimento dentro de seu quarto, e pode perceber que estava só. Nenhum espectro aterrorizante velava por seu sono improvisado. Em baixo da cama, apenas o monstro assustador do vazio a espreitava.
7 comentários:
Monstro fruto da imaginação de uma criança, que causa medo até no mais corajoso,esperando sempre pelo pior, pois sempre lembramos desses monstros nas piores das situações, eles só existem para quem acredita em assombração
Monstro em baixo da cama, ou na porta do armário nada mais é que portas abertas para compreender desejos ou frustrações.
beijooO
Nine, adorei o monstro debaixo da cama. É o justamente o tema do concurso de minicontos do Estronho. Por que não manda esse ai? Os prêmios são bem legais... Dá um pulinho lá no site e veja o regulamento. Espero vc lá. Beijo!
www.estronho.com.br
Não há nada que assuste mais que o vazio seguido da escuridão.
Não perca o capítulo especial do conto Sangue Frio, apresentado pelo Blog Sentimento Padrão, e escrito por Luan Fernando.
Esses monstros me assustam demais...
O monstro do vazio é aterrorizante!
=********
Medo de si mesmo? Medo da realidade? Medo de ter medo?
Às vezes, sinto isso. E não sei explicar. Mas nem pela fresta do lençol tenho coragem de olhar...
Adoro seus textos!
Boa semana,
Beijos
http://meninamisteriosa.wordpress.com/
http://www.aceuabertodaboca.blogspot.com/
Eu ri, me lembrando dos monstros que jurava ter embaixo da minha cama. Quanto já chorei, meu Deus!
Fiquei com medo agora pensando nos monstros que ainda restam lá embaixo...
Vou tentar olhar pela brecha do lençol.
Beijo!
[bem zangada!]
;)
Postar um comentário